sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Quem sabe o que é bom ou mal?

Certa vez havia um sábio fazendeiro chinês cujo o cavalo escapou.

Quando o vizinho foi consola-lo, o fazendeiro disse:

“Quem sabe o que é bom ou mal?”

Quando o cavalo dele voltou no dia seguinte, trazendo consigo um bando de outros cavalos que lhe seguiram, o vizinho tolo foi felicitá-lo pela sua boa fortuna.

“Quem sabe o que é bom ou mal?”, disse o fazendeiro.

Quando então um filho do fazendeiro quebrou a perna tentando montar num dos novos cavalos, o vizinho tolo foi consolá-lo de novo.

“Quem sabe o que é bom ou mal?”, disse o fazendeiro.

Quando o exercito passou convocando os homens para a guerra , deixaram o filho do fazendeiro por causa da perna quebrada.

Quando o homem tolo tolo foi felicitar o fazendeiro pelo fato do seu filho ter sido poupado, de novo o fazendeiro disse:

“Quem sabe o que é bom ou mal?”

Quando podemos esperar que esta história termine?.


Extraído do livro ''Budismo claro e simples'' de Steve Hagen.

O problema de número 84.

Há uma antiga história sobre um homem que foi ver o Buda porque ele, o homem, tinha ouvido falar que o Buda era um grande mestre. Como to­dos nós, ele tinha alguns problemas na vida, e achava que o Buda poderia ser capaz de ajudá-lo. Ele disse ao Buda que era um fazendeiro. "Eu gosto de administrar fazendas” ele disse, "mas às vezes não chove o bastante, e minha colheita é escassa. No ano passado, quase ficamos na miséria. E às vezes chove muito de modo que os meus rendimentos não são o que eu gostaria que fossem". Buda escutou o homem pacientemente. “Sou casado também”, disse o homem. "Ela é uma boa mulher... Eu a amo de fato, mas as vezes ela me apoquenta muito. E às vezes me canso dela”. O Buda ouvil serenamente. “Tenho filhos disse o homem”. "Filhos bons, também... mas às vezes eles não demonstram muito respeito por mim. E às vezes ..." O homem perseguiu assim, relatando todas as suas dificuldades e preocupações. Finalmente ele se acalmou e esperou que o Buda dissesse as palavras que haveriam de ajeitar as coisas para ele. Buda disse: "Eu não posso ajudá-lo." “ O que quer dizer?” perguntou o homem, surpreso. “Todos tem problemas”, disse o Buda. "Na verdade, todos temos 83 problemas, cada um de nós. Oitenta e três problemas, e não há nada que você possa fazer sobre isso. Se você trabalhar duro em um deles, talvez você possa resolve-lo mas se fizer isso, um outro surgirá no lugar dele. Por exemplo você num período posterior da vida perderá seus entes queridos, e você mesmo morrerá um dia. Ora, há um problema, e não há nada que você, nem eu, nem niguém mais possa fazer sobre isso." O homem ficou furioso. "Pensei que o senhor fosse um grande mestre”, ele gritou, “achei que o senhor poderia me ajudar! De que serve a sua doutrina então?” O Buda disse, “talvez ela o ajude com o problema de número 84." "Qual o problemas de número 84, indagou o homem. "Qual é ele?" O Buda disse, “Você não quer ter nenhum tipo de problema."


Extraído do livro ”Budismo claro e simples de Steve Hagen.

A paz de um templo Budista

Reportagem que mostra o maior templo Budista da América Latina em Cotia na grade São Paulo.


Ótima reportagem sobre o Budismo

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Dalai Lama: Niveis de sofrimento e prazer

Acredito que o propósito básico da nossa vida é alcançar a felicidade. É claro que nenhum de nós pode ter a certeza de como será o futuro. Mas, se esperarmos algo de bom, essa atitude nos ajuda a sobreviver. Quando perdemos a esperança, isso abrevia nossa vida, podendo levar até o suicídio. Portanto podemos dizer que o propósito básico da nossa sobrevivência, da nossa existência, é a felicidade, a alegria. E todos os seres, não só os seres humanos, mas todos os seres sencientes, querem a felicidade e não o sofrimento. Todos têm o direito de superar o sofrimento e alcançar a felicidade. Há dois tipos ou dois níveis de sofrimento e prazer, um esta relacionado principalmente com as sensações e com os sentidos. O outro, com o nível mental. A experiência nos níveis do sentido é comum aos seres humanos e aos animais. Nesse nível a dor e o prazer aparecem como mera reação sem raciocínio ou pensamento analítico. Em um outro nível, no nível mental, esta presente a análise, o pensamento, o raciocínio. Diante de acontecimentos negativos, podemos no primeiro momento constatar que serão prejudiciais ao nosso futuro. Isso pode causar medo, preocupação e sofrimento. Por outro lado, ao reflectir sobre esses acontecimentos poderemos enxergar benefícios a longo prazo, algo válido. Por meio desse processo, podemos chegar a outro nível de satisfação. Esse é o nível mental que envolve o raciocínio. Alguns animais podem manifestar isso até certo ponto. Mas basicamente esse é um traço único do homem, por causa da nossa inteligência, do nosso cérebro. Isso nos permite analisar as coisas.

Sobre a raiva

Não nos damos conta que, se temos tendência à aversão e à agressão, os inimigos começam a aparecer por todos os lados. Encontramos cada vez menos coisas para gostar nos outros e cada vez mais coisas para odiar. As pessoas começam a nos evitar e ficamos mais isolados e solitários. Às vezes, enfurecidos, cuspimos palavras ásperas e ofensivas.

[...] Quando você deixa a aversão e a raiva tomarem conta de você, é como se, tendo decidido matar uma pessoa jogando-a em um rio, você se agarrasse ao pescoço dela, pulasse na água e os dois morressem afogados. Ao destruir seu inimigo, você também se destrói.

É muito melhor dissipar a raiva antes que ela possa conduzir a um conflito maior, respondendo a ela com paciência. Compreender a responsabilidade que temos por aquilo que nos acontece ajuda a fazer isso. Tratamos nossa ligação com alguém que percebemos como um inimigo como se saída do nada.

[...] Em vez de procurarmos os defeitos dos outros, dirigindo nossa raiva e aversão contra situações que pensamos estar nos ameaçando, deveríamos lidar com o verdadeiro inimigo.

Esse inimigo, que destrói nossa felicidade a curto prazo e nos impede, em uma perspectiva mais longa, de alcançar a iluminação, é a nossa própria raiva e aversão. Se as vencermos, não haverá mais brigas, pois deixaremos de perceber como inimigos os nossos oponentes -- um grande retorno por pouco esforço. Tanto nós quanto eles teremos cada vez menos probabilidades de reincidir em situações que possam levar a um conflito. Todos saem ganhando.

Chagdud Tulku Rinpoche


quarta-feira, 7 de outubro de 2009

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Para Refletir

" Fique sabendo que , inevitavelmente, haverá situações em que você fará e dará o melhor de si, tudo de si, com a mais pura das intenções, e não receberá nada em troca! Nada Mesmo! Primeiro você fica com raiva de si mesmo e depois dos outros. A raiva corrói seu coração e sua mente e faz você se sentir idiota e sem valor. Você começa a achar que não vale a pena ser uma pessoa decente! Mas, sabe de uma coisa? Se você é a Luz não pode se queixar da escuridão. A única coisa que você pode fazer é brilhar, em tudo o que fizer e em todo o lugar onde for. Esta é a sua função. Você precisa compreender que o fato de haver escuridão não significa que você não esteja fazendo o que deve fazer. "

Monja Senju