terça-feira, 3 de novembro de 2009

Na busca da Iluminação

Na busca da Iluminação, uns podem obter êxito mais rapidamente que os outros. Portanto, não se deve desanimar ao ver os outros alcançarem a Iluminação primeiro. Um homem, ao se iniciar no esporte do arco e flecha, não deve esperar um rápido sucesso, deve, isto sim, praticá-lo pacientemente, até se tornar cada vez mais hábil. Um rio começa com um pequeno riacho e fica cada vez mais largo, até desembocar no vasto oceano. Como estes exemplos, se um homem treinar com paciência e perseverança, seguramente, obterá a Iluminação.

Como já foi dito, se alguém mantiver os olhos bem abertos, poderá ver em tudo um ensinamento, e assim, suas oportunidades para a Iluminação são infindáveis.

Certa vez, um homem, que estava queimando incenso, notou que sua fragrância não vinha nem ia, que não aparecia nem desaparecia. Com este pequeno incidente, ele pode obter a Iluminação.

Certa vez, um homem pisou em um espinho. Sentindo dor aguda e insuportável, assim pensou: que a dor é apenas uma reação da mente. Deste incidente, inferiu que a mente pode se perder, se mal controlada ou pode se tronar pura, quando bem controlada. Não demorou muito; tendo estes pensamentos, a Iluminação chegou até ele.

Era uma vez um homem muito avarento. Um dia, quando pensava em sua mente gananciosa, chegou à conclusão de que os pensamentos gananciosos nada mais eram que cavacos e gravetos que a sabedoria poderia queimar e consumir. Este pensamento foi o começo de sua Iluminação.

Há um velho provérbio que diz: “Conserve a sua mente equilibrada. Se ela for equilibrada, todo o mundo também será equilibrado.” Considere estas palavras e compreenda que todas as distinções do mundo são causadas pelos aspectos discriminadores da mente. Nestas palavras pode-se encontrar um caminho da Iluminação. E, na verdade, muitos e ilimitáveis são os caminhos para a Iluminação.

Extraido do livro A doutrina de Buda.


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