Situadas na Índia a norte de Maharashtra, datam do século II a. C. com o auge das comunidades budistas sunga-andhra e entram em decadência, permanecendo esquecidas a partir do século VII. O seu esplendor ocorre entre os séculos IV e V com a era gupta cujos monarcas pertenciam à dinastia Vakataka, com o desenvolvimento da arquitetura e escultura budista rupestre.
Quando estas cavernas foram descobertas em 1819 por John Smith as estruturas cavadas na falésia estavam ocultas pela densa vegetação que depois de retirada trouxe à luz um importante mosteiro budista composto por 30 cavernas entre viharas e shaityas. As capelas chaityas são geralmente marcadas pela sobriedade e os recintos monásticos ou viharas ficam sobrepostos e ligados por escadas, seguindo o modelo arquitetónico das construções em madeira.
Para além do excelente exemplo arquitetónico, mostra-nos também uma enorme quantidade de esculturas e de pinturas. Estas últimas cobrem todo o interior do mosteiro. As que melhor ilustram o apuramento técnico da época gupta são as que se encontram nos murais dos viharas I, II, XVI e XVII, patente no tratamento ilusório dos temas como se se tratasse de um palco. A temática prende-se sobretudo com a representação das vidas anteriores de Buda, as jatakas.
O ambiente palaciano e alegre ressalta dos murais com figuras nuas tomando atitudes profanas, salientando-se a abundância de representações femininas. Os painéis pequenos relatam os episódios mais importantes da vida de Buda e as paredes mais amplas servem para desenvolver grandes narrativas.
A área das cavernas de Ajanta foi integrada na lista de Património Mundial da UNESCO em 1983.
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